abril 02, 2016

OS DESEJOS DE DEUS

OS DESEJOS DE DEUS
JER. 13:1-11.


        DEFININDO O QUE SÃO DESEJOS:
        O dicionário Aurélio define desejo como ter vontade em relação alguma coisa. Querer alguém ou alguma coisa para determinado fim. Ambicionar, cobiçar, aspirar o que não possui, gozar de privilégios.

        Desejo é um sentimento natural, normal ao ser humano desde que não constitui em pecado. Temos desejos bons e ruins. Os desejos podem ser consumados ou não dependendo da vontade da cada pessoa.

        Hoje não falaremos dos desejos do ser humano, mas, DOS DESEJOS DE DEUS.

        Deus tem desejos? Sim! Só desejos bons. Desejos para conosco, visto que para Ele mesmo não precisa ter desejo, pois Ele é o desejado por todos. Ele não precisa desejar amar, ser amado, Ele é amor, (I João 4:8). “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor”. Se não O amamos o problema é nosso! Ele não precisa desejar ser santo, Ele é santo e quem santifica. Ele não precisa desejar ser bom, Ele é a essência da bondade. Os desejos de Deus são para conosco. É o que vamos descobrir em Jer. 13:1-11.

        O PRIMEIRO DESEJO DE DEUS: É que seu povo estivesse, que esteja ligado a Ele, através de um relacionamento próximo, íntimo, V.11 – “Assim como se liga o cinto aos lombos do homem, assim Eu liguei a mim toda a casa de Israel, e toda a casa de Judá, diz o Senhor”.

        Vemos isto através da parábola do cinto...

        PARA QUE SERVIA O CINTO?
        O cinto era uma peça do vestuário íntimo, para o corpo inteiro. Uma vez molhado se tornava flexível. Como Deus queria o coração do seu povo flexível a Sua Palavra através de seus profetas. O cinto seco era inflexível, o que simboliza o povo de Deus de coração inflexível, duro e fechado.

        O cinto ao ser enterrado por algum tempo o mesmo apodreceu. Assim aconteceu com o seu povo ao enterrar o compromisso assumido com o Senhor Jeová nas alianças feitas e renovadas em vários momentos através dos patriarcas. Uma vez o compromisso enterrado apodreceu o relacionamento, a intimidade de Judá, de Jerusalém para com o Senhor Deus. Por isso o povo seria, como de fato o foi, humilhado, oprimido por causa da idolatria.

        O SEGUNDO DESEJO DE DEUS: Deus queria e quer ser o Único Deus do povo, mas o povo escolheu e está escolhendo a idolatria. A idolatria é uma praga maligna na vida do povo de qualquer país, por todo o tempo, (V.11).

        A idolatria traz consigo mesmo a corrupção moral, espiritual, a destruição tanto dos valores, princípios como a destruição física através da violência e dos vícios. É por isso que o nosso Brasil querido está na situação em que está! Quantos padroeiros por esse Brasil a fora! Quanta idolatria, desde se curvarem diante de uma estátua, até se curvarem diante do dinheiro sujo e de conceitos que o Senhor Deus reprova, como é o caso de união homo afetiva.

        A idolatria apodreceu a sociedade israelita. Tem apodrecido a sociedade atual. Por isso que Deus diz no V.9 que apodrecerá o orgulho, a soberba daquele povo e do povo atual. Se estava podre, não tinha, não tem valor. Se não tinha, se não tem valor, se joga fora, enterra para não feder mais! A não ser que o agir de Deus seja muito poderoso. Para isso é preciso reconhecer os pecados cometidos, arrepender dos mesmos, confessá-los ao Senhor e pedir perdão, para ter intimidade com o Senhor. Assim sendo, os desejos de Deus se cumprirão em nossas vidas!

        O TERCEIRO DESEJO DE DEUS: Que seu povo fosse o povo de DELE, (V.11).
        O povo judeu não deixou de ser o povo de Deus, pois o Senhor ainda trabalhará a salvação de seu povo na Tribulação e no milênio, como vemos em (Romanos 11).

        O desejo de Deus é que o povo de Israel fosse propriedade DELE. Assim sendo, Deus desejava que o povo vivesse perto DELE, leal a Ele, fiel a Ele e ligado a Ele. Que honrasse o nome de Deus como Deus honrava o seu povo. Mas o povo escolheu o destino amargo ao escolher cultuar as divindades pagãs. O povo de Israel não deixou de ser o povo de Deus, mas perdeu privilégios como a missão missionária que o Senhor Jesus Cristo atribuiu a Igreja dos gentios. Perdeu a proteção especial do Senhor por muitos momentos e até por milênio. Como a Igreja do Senhor que prevarica contra Ele também perde privilégios, as bênçãos, a proteção, galardão etc.
       
        O povo estava ligado moralmente a Deus através do pacto com Abraão, Isaque, Jacó e ratificado no Monte Sinai, através de Moisés, ao povo quando caminhava para a terra prometida, para ser o povo do Senhor, (Ex. 19:5). Assim como o cinto ficava ligado ao corpo do homem, Deus queria estar ligado com o seu povo e seu povo legado a Ele. Deveria estar ligado através de uma espiritualidade, de um relacionamento pessoal, íntimo com Deus e Deus habitando neles, em nós através do ES, (Jo. 14:17; Rom. 8:9). Entretanto, o que vemos neste texto é um povo distante de Deus. Desligado de Deus. Desabitado por Deus, porque se corrompeu com as religiões pagãs desde o Egito até as religiões dos povos vizinhos onde habitara, envolvido com o pecado que abominava a Deus. Espiritualmente estava muito longe de Jeová. Distante por falta de discernimento espiritual do povo. Discernimento baixo. Falta de bom senso. Um orgulho, uma rebeldia, uma apostasia intencional que levou para a destruição.

        O QUARTO DESEJO DE DEUS: Que o povo louvasse e honrasse o santo nome de Deus. Era e é um desejo ardente, grande, intenso, mas o (V.11) termina dizendo que o povo não quis louvar e glorificar ao Senhor. Quantos que querem louvores e honras para si! O que é um tremendo engano, pois biblicamente quem recebeu louvores e honras dos homens para si, morreram e temos um caso especifico, do Rei Herodes Agripa I, o que (Atos 12:21-23) relata, que quando ele discursava foi aclamado como sendo a voz de Deus que falava, morreu comido de bichos. Honra e glórias somente ao Senhor da Glória com vemos no texto a seguir: “E ouvi toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre”, (Apocalipse 5:13), bem como (I Crônicas 29:11-12).

        Oh, meu Deus, quantas pessoas sofrendo! Fazendo outras pessoas sofrerem porque não tem um relacionamento pessoal com o Senhor! Não tem intimidade com o Deus Criador, Sustentador e Salvador daqueles que O recebem como Senhor de suas vidas! Se não O querem receber, Deus não habita em quem não quer viver para Ele. Quantos desligadas de Deus, porque faltam-lhes o discernimento das coisas espirituais! Por falta de bom senso! Quantas vidas! Quantas famílias! Quantas igrejas! Quantos ministérios! Quantos talentos! Quantos sonhos destruídos por falta de discernimento, de bom senso!

        Pessoas distantes de Deus por causa do orgulho, rebeldia, apostasia, idolatria que contaminou toda a nação de Israel e que levou a destruição no cativeiro na Babilônia; e, é o mesmo motivo que está levando o povo a destruição em nossos dias através dos atentados terroristas, sequestros, corrupção, violência gratuita, valores distorcidos. Estamos vivendo o submundo e os planos do Diabo para a humanidade e não, o que o Senhor planejou para a humanidade que Ele criou com muito zelo e amor. Quantas pessoas destruídas por causa do orgulho, por causa de rebeldia e por causa dos vícios!


        O desejo de Deus é que todos sejam abençoados com a salvação, mediante o crer, o receber a Jesus Cristo como Único salvador de suas vidas. Você entendeu os desejos de Deus para a sua vida?








       Bibliografia:

1 - Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri. Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999, 1728 p.
                  
2 - Bíblia Vida Nova. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Editora: S. R. Edições Vida Nova, 2ª Ed. 1978, São Paulo.

3 - HARRIS, R. Laird; Gleason L. Archer Junior e Bruce K. Waltke. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Tradução de Márcio Loureiro Redondo; Luiz A. T. Sayão e Carlos Osvaldo C. Pinto. 2008, Ed. Vida Nova, São Paulo, 1789 p.

4 - HARRISON, R. K. Jeremias e Lamentações - Introdução e Comentário. Tradução de Hans Udo Fuchs. 1ª Edição, São Paulo, Ed. Vida Nova e Mundo Cristão, 1980, 189 p.

5 - MESQUITA, Antônio Neves de. Estudo no Livro de Gênesis. 4ª Edição. Rio de Janeiro. Editora JUERP, 1979, 308 P.

6 - OLIVEIRA, Marcelo Ribeiro de. Bíblia Sagrada Versão Digital 6.7 Freewere. 2014. Disponível em: < http://www.baixaki.com.br/download/a-biblia-sagrada-versao-digital.htm>. Acesso em: 15 dez. 2014.

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